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Durante o Enase 2025, realizado nesta quarta-feira, 11 de junho, o CEO da Isa Energia Brasil, Rui Chammas, ressaltou a urgência em definir o modelo de negócio e o enquadramento regulatório das baterias, que ganham cada vez mais relevância como ferramenta para garantir estabilidade do sistema.

Segundo o executivo, as baterias podem estar em qualquer ponto da cadeia, seja em geração ou transmissão. “A questão central é definir onde é a fronteira e qual o modelo de negócio. Independentemente da localização, ela vai prestar os mesmos serviços ao sistema, como serviços ancilares, controles de tensão e potência”, afirmou.

Contudo, Chammas declarou que é preciso garantir sinais econômicos corretos e remuneração adequada. “Esses serviços têm valores distintos e precisamos criar mecanismos para que o empreendedor seja remunerado de acordo com a função que a bateria desempenha”, disse.

A complexidade está justamente em precificar externalidades e benefícios sistêmicos que hoje não estão totalmente valorizados no mercado. “Não é simples calcular o valor de uma redução de perda ou do aumento da estabilidade. Mas são ganhos reais para o sistema e para a sociedade, e isso precisa ser refletido na remuneração”, alertou.

Do ponto de vista regulatório, o debate gira em torno de quem será o beneficiário direto do serviço prestado pela bateria e, consequentemente, quem deve pagar por ele. “Se a bateria estiver servindo ao gerador, o benefício é privado. Mas se ela estiver integrada à rede e prestando serviços ao operador do sistema, então deve ser tratada como um ativo da transmissão, com remuneração adequada pelo CAPEX instalado e pela prestação dos serviços empilhados”, explicou Chammas.

Ele mencionou ainda que o modelo adotado precisa considerar o crescimento da demanda elétrica no país nos próximos anos. “O país terá crescimento e precisa estar preparado. Não podemos repetir os erros do ado. Temos que garantir estabilidade ao sistema e, ao mesmo tempo, aproveitar esse momento para estruturar modelos eficientes”.

Por fim, o executivo da Isa Energia alertou para a importância de não engessar a inovação: “Os dois modelos baterias como ativo de geração ou como parte da rede podem coexistir. O fundamental é que o enquadramento seja transparente, previsível e tecnicamente consistente”.

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