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O papel estratégico das baterias no avanço da transição energética e na modernização do sistema nacional ganha cada vez mais atenção tanto no Brasil quanto na Europa, e já é tratado como elemento central para garantir flexibilidade, segurança e eficiência à operação do setor. As soluções que vão desde grandes instalações até equipamentos menores, voltados ao consumidor, mas em larga escala, podem prestar serviços relevantes ao sistema elétrico.

Durante o Enase 2025, o professor e pesquisador do Gesel, Nivalde J. de Castro, afirmou que uma das funções objetivas das baterias é atacar o curtailment. “E para isso nada melhor do que você colocar a bateria na mão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ele quem vai trazer um grande benefício. Faz um leilão, dá um contrato regulado, que é mais valorizado pelas empresas e isso dá previsibilidade e atratividade ao investidor”, disse.

“Um contrato regulado tem peso. Ele melhora o rating da empresa que o assina e dá segurança ao negócio”, explicou Castro, ao defender que esse modelo já começa a ser reconhecido por grandes players do setor.

Ele também abordou o cenário europeu, onde o uso de baterias já está mais consolidado, e a importância de trazer esse aprendizado para o Brasil. “Temos um potencial enorme de crescimento. E já há uma percepção dentro do próprio Ministério sobre a necessidade de garantir segurança nessa nova fase de transformação energética”, concluiu.

Política pública

A urgência de uma política pública clara e consistente para a incorporação das baterias ao setor elétrico também ganhou destaque durante o Enase 2025. Segundo o professor, o país vive hoje as consequências da ausência de planejamento estratégico em iniciativas anteriores, como ocorreu com a micro e minigeração, e corre o risco de repetir os mesmos erros. “Precisamos de sinais de preço e diretrizes políticas que definem uma regulação para não cairmos na mesma armadilha que caímos anos atras com a energia solar”, destacou Castro.

Segundo ele, o avanço das baterias no Brasil depende de um arcabouço regulatório moderno e da adoção de mecanismos de mercado, como os leilões. “É fundamental trazer as baterias para dentro da matriz elétrica a partir de um modelo competitivo. O primeiro leilão já deveria ser estruturado com foco em aprendizado, mitigação de riscos e acúmulo de conhecimento técnico no setor”, disse.

Potencial da tecnologia

Além do papel das baterias na confiabilidade do sistema, também foi discutido o potencial industrial da tecnologia. Ele defendeu uma política industrial semelhante à adotada no ado com a energia eólica, que combinou financiamento direcionado e incentivos fiscais para desenvolver uma cadeia produtiva nacional. “E essa questão tributária é muito importante, não é dar subsídios e sim dar isenção fiscal para essa cadeia produtiva ganhar escala e maturidade”, destacou o executivo.

Casos concretos já em andamento, como os conduzidos pela Isa Brasil Energia foram citados como exemplos importantes para guiar o setor. “São esses exemplos práticos que nos ajudam a incorporar novas tecnologias com segurança. O Brasil tem vantagens estruturais, seja na geração, seja na transmissão. Agora é hora de consolidar essa posição também no armazenamento”, concluiu.