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A queda nos investimentos em projetos de energias renováveis, especialmente no setor eólico, tem acendido um sinal de alerta entre especialistas. Embora haja uma expectativa de retomada no médio prazo, impulsionada pela eletrificação da economia, aumento da demanda energética e ampliação das linhas de transmissão, o cenário ainda inspira cautela.

De acordo com Vinicius Nunes, analista de Pesquisas de Climate Solutions da BloombergNEF, é difícil prever quando os aportes voltarão a crescer de forma consistente. “Pelo menos nos próximos três anos, ainda veremos a indústria sofrer um pouco antes da volta dos investimentos mais robustos”, afirmou o executivo durante o Enase 2025, que acontece nessa quarta-feira, 11 de junho.

Nunes destaca que a retração tem afetado até mesmo grandes usinas solares, mas é no setor eólico que a queda se mostra mais acentuada. “A geração distribuída segue forte no Brasil. Se olharmos os dados de 2024, ainda há bastante investimento acontecendo”, observa.

Mesmo em um ano marcado por um aumento global de 10% nos aportes para a transição energética, somando cerca de US$ 2 trilhões, o especialista alerta para os desafios relacionados à mitigação de custos. Os principais investimentos têm se concentrado em fontes limpas de energia e no setor de transportes, hoje o mais aquecido globalmente.

“No cenário global, boa parte dos investimentos já se volta à eletrificação do transporte. No Brasil, as renováveis ainda deverão liderar a transição por mais tempo, mesmo com a presença dos biocombustíveis. À medida que os veículos elétricos se tornem mais íveis, os aportes tendem a crescer”, explica Nunes.

Ao olhar para os setores que estão crescendo, energia renovável segue batendo recordes ano após ano, são mais de US$ 700 milhões investidos em baterias. A medida que os investimentos crescem, o preços das tecnologias caem. A chegada dos data centers é outro quesito que demandará o crescimento de fontes alternativas, assim como os sistemas de baterias para projetos de larga escala, eletrificação de cidades, e também investimentos contínuos em eletrificação e transição.

“A nossa expectativa é que os veículos elétricos ainda sejam um dos principais motivadores de crescimento, mas os data centers também estão ali no top 3 como uma das maiores fontes, pensando principalmente para 2030, 2050. Alguns países devem crescer mais aceleradamente por causa de políticas públicas, mas no Brasil também estamos vendo novos projetos. Estamos vendo novas legislações, a facilidade de conexão na rede de baixa tensão, por exemplo, para esses data centers, o que deve facilitar o crescimento também no Brasil até o final da década”, encerrou Nunes.

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