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Dona de um projeto de Hidrogênio Verde no Piauí com investimento total de R$ 29 bilhões, a Solatio já deu a largada nas obras do empreendimento no dia 30 de maio, em Parnaíba. A expectativa do presidente e sócio fundador da empresa, Pedro Vaquer, é que até o próximo dia 20, o Operador Nacional do Sistema Elétrico já tenha permitido  o o a rede do projeto, que tem nessa primeira fase 1,5 GW. Em abril, a Agência Nacional de Energia Elétrica negou o o a conexão de 3 GW do projeto por conta de chance de sobrecarga.

Caso a autorização se confirme, a expectativa é que essa fase da planta fique pronta em 2028. A Solatio estima o custo da produção em US$ 3/kg. O projeto de H2V no Parnaíba deve impactar  cerca de 25 mil famílias, com 6 mil empregos na fase de operação. O executivo frisou que a negativa de o à rede dada no primeiro momento do projeto foi uma decisão política, já que estudos elétricos internos diziam que era possível. Segundo Vaquer, o governo queria mudar leis e regras e acabou negando todos os pedidos enquanto isso não era feito.

Para virar o jogo, o líder da Solatio aposta na força política do governador Rafael Fonteles, que teria conseguido junto ao governo federal uma solução para o caso. Uma nova negativa, na visão de Vaquer, seria uma catástrofe, uma vez que o canteiro já foi iniciado. “O governador disse que o presidente Lula lhe prometeu esse parecer. Começamos as obras no ano da COP 30 e o papel não vem?”, indaga ele, que participou de no Brazil Energy Conference, em Teresina (PI), na última semana.

Afirmando que gosta de riscos, Vaquer esperava o aval da conexão desde janeiro. Já foram gastos mais de R$ 100 milhões e ele considera não saber o que será mais desafiador no projeto, por conta do seu pioneirismo, já que 90% dos projetos de H2V ainda estão no Powerpoint, ou seja, apenas no papel, sem execução. “Ninguém nunca no mundo fez um projeto desses. Então, o mais desafiador vai ser tudo, tudo novo”, salienta. Os investimentos não ficarão s ao Piauí e se ampliarão até Minas Gerais, onde ficarão as plantas solares que suprirão o projeto.

A construção da planta de H2V da Solatio será de responsabilidade da Worley. A construtora australiana só atua em projetos sustentáveis e segundo o diretor -geral Ronaldo Santos, o de H2V da Solatio cumpre esses requisitos.  Ele conta que haverá um forte impacto na região do Parnaíba, que terá uma melhora nas condições de vida. “Tem tudo para pegar esse círculo virtuoso e fazer dali uma microrregião que atraia o interesse empresarial e de outras indústrias”, comenta.

Na avaliação do empresário, o projeto de H2V tem tudo para mudar definitivamente a imagem do estado – visto com um dos mais pobres da federação – elevando o seu patamar de desenvolvimento. Embora a Solatio não seja afetada pelos cortes de geração, o curtailment é considerado por ele como um fracasso do planejamento e do gerenciamento do sistema, que permitiu que as usinas fossem outorgadas, entrassem em operação, que os geradores investissem pensando que iam vender a energia, o que não se estaria se efetivando. Porque a gente que investiu, investiu em umas condições que podia investir, que ia gerar esta energia e ia vender. “O empreendedor solicita,  pede outorga, arrisca, faz e ponto.  Se logo não pode verter esta energia, é um fracasso”, dispara.

Outra crítica desferida por ele foi contra a Medida Provisória 1300, que traz a modernização do setor. Para ele, a MP é para ser rasgada, posta no lixo e ser reescrita por pessoas que realmente se preocupe com o bem do país. 

O executivo da Solatio promete ainda definir em 60 dias após o aval do ONS quem será o comprador da produção da planta. As conversas são com produtores de amônia, metanol, aço ou fertilizantes. Essa busca não o preocupa, já que o mercado quer algo verde que até então não está sendo produzido.

* O repórter viajou a convite da Brazil Energy Conference

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